Para o Fluminense Football Club, uma temporada para ser esquecida. Um ano de raros acertos de uma gestão que é considerada por 88% dos tricolores como ruim ou péssima (www.netflu.com.br – enquete). Ou seja, um verdadeiro fiasco o sétimo ano da gestão “6+3” de Flusócio/Peter/Abad.
Não podemos nos contentar com a conquista de uma Taça Guanabara. O Fluminense não pode entrar no Campeonato Brasileiro lutando para não cair. Hoje nos consolidamos na 13º / 14º posição da tabela. Nos clássicos regionais mantivemos o desempenho pífio com 4 vitórias, 5 empates e 7 derrotas nos confrontos contra os três rivais locais. E infelizmente, a desvantagem nos duelos se repete ano após ano. Ao fim do sétimo ano da gestão “6+3” somente em uma destas sete temporadas obtivemos vantagem nos clássicos: 2012.
A incompetência da gestão tenta ser escondida atrás de falácias como a das lesões. Todo grande clube de futebol, em um calendário como o do Brasil, terá diversas baixas por contusões, fraturas ou por desgaste. Apoiar-se nisso para justificar o péssimo ano só demonstra o desconhecimento total da atividade fim do Fluminense. Para se ter ideia, o Grêmio foi o recordista de lesões no ano (http://www.90min.com/pt-BR/posts/5924614-gremio-foi-recordista-em-lesoes-no-futebol-brasileiro-em-2017) e todos nós sabemos a diferença entre o desempenho esportivo entre os clubes em 2017.
O Fluminense precisa reformular todo o seu departamento de futebol, precisa de uma modificação drástica no modelo de gestão. Até o momento apenas a elogiável contratação de Paulo Autuori, porém já foi dito por ele que não participará de negociações e de contratações (http://www.esporteinterativo.com.br/posts/17963-com-paulo-autuori-fluminense-apresenta-nova-gestao-do-futebol-para-2018 ). Sendo assim, tudo continuará nas mãos dos mesmos incompetentes de antes dentro do fictício e covarde “comitê gestor”. Isso para nós é inadmissível. O Fluminense não pode ficar à mercê de dirigentes levianos e incapazes de manter a instituição no patamar de grandeza de onde ela nunca deveria ter saído! O Fluminense atual é um clube para onde os atletas não querem vir (https://www.netflu.com.br/ninguem-quer-jogar-no-fluminense-e-isso-e-muito-grave-opina-comentarista/), e se tornou um clube vendedor, segundo próprio presidente (https://www.netflu.com.br/o-fluminense-e-um-clube-vendedor-diz-abad-que-explica-modelo-de-negocio/). Fato é que o processo de apequenamento da instituição está em curso a passos largos.
A temporada 2017 foi uma mistura de fracassos, derrotas, mentiras, covardia, agressões à torcida, páginas policiais, atrasos de salários, permutas pífias e tentativas de justificar o injustificável. O Fluminense há algum tempo está vivendo “sem dignidade” quase que pedindo “esmolas” para se manter de pé. Sem forças e poder de reação em todos os aspectos, a instituição é achincalhada e não existe qualquer tipo de reação. Não temos ninguém para reagir em nome do Fluminense, ninguém que nos defenda institucionalmente, não somos mais respeitados como outrora. O que se pretende? Permanecer assim? Se isso for a nossa vontade, estamos no caminho certo, é só dar continuidade à falta de transparência, de dignidade, de verdade, de projetos e de responsabilidade para com a instituição. Não há como negar que a manutenção de pagamentos astronômicos a PJ’s (que nada mais são do que “empregados” disfarçados); revelia em processos judiciais, acordos que não são cumpridos, assim como outras situações sem transparência, destruiremos a pouca credibilidade que hoje ainda possuímos.
O Fluminense até hoje nāo elegeu o novo Presidente do Conselho Deliberativo, após a renúncia do anterior (https://www.netflu.com.br/exclusivo-presidente-do-conselho-deliberativo-do-fluminense-renuncia-ao-cargo/). E lá se vão quase três meses. O Fluminense no apagar das luzes faz pedido de suplementação orçamentária com reunião marcada para o dia 29/12/17. Como gastar verba de suplementação quando nem expediente bancário haverá? Obviamente já foi gasto, necessitando apenas referendar. Nada contra o pedido de suplementação, pode ocorrer, mas por que nāo o fazem no tempo correto? Só demonstram que nāo existe planejamento, procedimentos e organização.
O Fluminense precisa de ousadia, de coragem e principalmente de competência administrativa e gestão. Não de cortes na ordem de 25% na sua atividade fim. Como temos certeza que os atuais dirigentes não entendem patavinas de futebol, passemos às explicações. De acordo com o orçamento do Fluminense Football Club para o ano de 2018, o futebol é o responsável por pelo menos R$ 212 milhões da receita da instituição (mais de 90% das receitas totais do clube). E a despesa para o mesmo ano será de R$ 142 milhões, com uma redução de mais de R$ 46 milhões quando comparados ao ano de 2017. Um futebol forte traz receitas, premiações, visibilidade, patrocínios, aumento do programa de sócio futebol, torcida e rendas nos estádios. Um futebol fraco e sem investimentos faz o sentido inverso. Exatamente nosso cenário atual: time nada competitivo, uma torcida sem esperança, desmobilizada e afastada do clube. Não é possível que não se enxergue o óbvio!
Mas Observando o orçamento para o ano de 2018 percebe-se que o objetivo é apenas a perpetuação no poder, pois as outras unidades de negócio da instituição não sofrerão reduções significantes ou receberão incrementos em seus orçamentos. São elas:
– Esportes Olímpicos (redução de 5% – correspondente a R$ 688 mil reais). Deixando claro que tal redução só ocorreu devido à falta de um critério bem estabelecido. Nesse orçamento de 2018 foi realizada alteração na alocação das despesas fixas, onde todas foram passadas para outra unidade de negócio. Caso contrário, haveria aumento nas despesas da unidade de negócio Esportes Olímpicos.
– Unidade FFC Laranjeiras (aumento de 24% – correspondente a R$ 3.759 milhões)
– Backoffice (aumento de 7% – correspondente a R$ 2. 296 milhões)
Esse não é o Fluminense que queremos. Lutamos por um Fluminense vencedor, JAMAIS VENDEDOR. Lutamos por um Fluminense digno de suas tradições, seja ele nos campos, nas quadras ou nas piscinas. Lutamos por um Fluminense totalmente transparente, sem nenhuma “caixa preta”. Lutamos por um Fluminense que traga a torcida de volta aos estádios e que sinta orgulho de seus feitos e suas conquistas, que preserve seus ídolos, que comemore títulos de campeonatos. É para isso que a Associação Nacional Tricolor de Coração existe!
Neste sentido, A ANTC agradece a todos os tricolores de coração que no ano de 2017 estiveram conosco nessa luta por um Fluminense vencedor, que estiveram Unidos pelo Flu, que participaram dos eventos técnicos realizados no Guerreiros Sports Bar e no de Petrópolis. Que estiveram conosco nas reuniões e nos churrascos de confraternização. Agradecemos também aos mais de 250 tricolores que se associaram ao clube na campanha Unidos pelo Flu.
Agradecemos e pedimos que todos nós continuemos juntos, unidos, em prol da nossa paixão, para que ela não seja destruída por uma gestão medíocre e que nos coloca no patamar de clube pequeno. Somos o Fluminense Football Club, um gigante, e nada nem ninguém o diminuirá!
Convidamos todos os tricolores que ainda não nos conhecem a se juntarem a nós nesta luta em 2018, pelo bem da instituição que amamos.
Que todos tenham um Feliz 2018!
Saudações Tricolores de Coração