Pobre Fluminense. Na véspera de um importante jogo pelo Campeonato Brasileiro 2017, onde lutamos para nos afastarmos da zona do rebaixamento, o ex-VP de futebol concede entrevista demonstrando o grau de amadorismo do atual departamento de futebol e também do clube em geral.
A Associação Nacional Tricolor de Coração não pode se calar diante de diversos fatos ressaltados pelo Sr. Fernando Veiga. Em primeiro lugar, o Fluminense é um clube de futebol centenário, vitorioso, gigantesco e jamais será um “clube de amigos”. Então, para ocupar uma pasta tão importante não basta ser tricolor, cabo eleitoral, parceiro ou amigo de muitos anos do presidente. É necessário ter capacidade para a função, fato que o ex-VP demonstrou não ter. Um VP de futebol deve ter atitude, postura e ser a “cara” da instituição no seu segmento. No Fluminense atual o treinador Abel Braga assume essa lacuna, o que, convenhamos, é inaceitável.
Entretanto, diversas verdades foram ditas, inclusive sobre o “processo de fritura”. Esse é o modus operandi do grupo de apoio ao presidente (Flusócio), onde, diga-se de passagem, o ex-VP é membro atuante e influente. Essa situação é corriqueira dentro do Fluminense e já aconteceu com diversos Vice-Presidentes, contando com a participação ativa do grupo do Sr. Veiga, que hoje reclama do processo pelo qual o seu grupo de apoio “fritou” diversos nomes de destaque no clube. Uma máquina de triturar biografias. Veiga, nitidamente, acusa grupos de “oposição” que se juntaram à Flusócio, mas esquece que o “modus operandi” utilizado contra ele foi sempre o mesmo usado por seus “camaradas”. Isso mesmo. A forma de tratamento usada entre eles é “camarada” e nada mais original do que a “camaradagem” feita com o Sr. Fernando Veiga para a sua exoneração. Diz o ditado: – “Quem com ferro fere, com ferro será ferido”. Simples, pois é da natureza do escorpião…
A constatação dos fatos.
Só que o mais interessante é a constatação dos fatos. Eleição suja? Oposição suja? Quem se mistura com porcos, farelos come. Os quadros políticos do Fluminense são todos conhecidos, de longa data, então é inacreditável que alguém em sã consciência acreditasse nessa união pelo bem da instituição. Pelo menos agora está tudo claro, o objetivo nunca foi o Fluminense, era apenas vencer a eleição. Os fins justificaram os meios. Simples assim. E quem pagou? O Fluminense.
Na entrevista também foi colocado que a “cúpula” do futebol era composta pelo presidente Pedro Abad, pelo gestor de futebol Marcelo Teixeira e pelo ex-VP de futebol Fernando Veiga, onde eram muito “fechados”. A pergunta que não quer calar: – Essa “cúpula” não incluía o treinador Abel Braga e o gerente de futebol Alexandre Torres? Por qual motivo? E a tal decisão em colegiado tão propalada e prometida?
Numa das últimas reuniões do Conselho Deliberativo o Sr. Marcelo Teixeira foi categórico ao afirmar que a palavra final sempre é do treinador Abel, ou seja, o discurso do Gerente de Futebol Base-Profissional-Samorin empurra na conta do Abel, enquanto o vice de futebol exonerado diz que as decisões eram fechadas entre ele, o Presidente Abad e o Marcelo Teixeira. Quem fala a verdade neste ambiente nebuloso? E o sócio do Fluminense? Fica sem saber como o futebol é comandado?
A Associação Nacional Tricolor de Coração não irá se furtar a defender a instituição e não se calará diante de tanto amadorismo e tamanha falta de transparência, até porque a ANTC foi criada baseada em três credos: Transparência, Auditoria e Profissionalização. E iremos perseguir os mesmos sempre. Podem confiar.
Por fim, quanto ao ídolo e mestre Carlos Alberto Parreira, vale registrar que ele sabia o caminho certo.