É impressionante como em um ano tantas coisas mudam.
Segundo o atual presidente do Fluminense Football Club, que ocupava a Presidência do Conselho Fiscal em Novembro de 2016, tínhamos as finanças em dia com um clube estruturado e saneado financeiramente (http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/10/gabarito-respostas-dos-candidatos-presidencia-do-flu-para-10-questoes.html)
um CT dito como “Melhor do Brasil” e “Nível Europa” (http://globoesporte.globo.com/futebol/times/fluminense/noticia/2016/07/nivel-europa-flu-faz-festa-de-aniversario-no-ct-e-peter-elogia.html), estávamos em busca de 3 craques para o nosso time disputar títulos, teríamos um “novo modelo de gestão” e ainda havia um acordo fechado para termos o terreno do nosso estádio.
Hoje, Novembro de 2017, vemos um clube que precisa vender jovens jogadores no meio da temporada, sem reposição a altura, para pagar salários atrasados; estamos ainda construindo os muros do Centro de Treinamento (sim, o nosso CT foi “entregue” sem muros, sem água, sem luz e sem segurança) (http://extra.globo.com/esporte/extra-campo/ct-do-fluminense-sonho-pode-virar-pesadelo-21530839.html), comemora-se não sermos rebaixados ao invés de lutar por títulos e há um distanciamento do torcedor com o clube jamais visto. Ou seja tudo completamente diferente do prometido há um ano.
Outro fato que nos impressiona é que um dos objetivos políticos da atual administração é se desvincular da gestão Peter, utilizando a expressão “herança maldita”. Caro presidente Abad e torcedores de gestão, felizmente vocês não enganam mais ninguém. Vocês foram durante 6 anos a base de sustentação de Peter Siemsen, respaldaram tudo que ele fez, vocês ficaram mais de 1 ano responsáveis pelo inoperante marketing do Fluminense, onde conseguiram a proeza de rescindir com a Adidas para caírem no conto do vigário da Dryworld (amadorismo pouco é bobagem), vocês aprovaram as contas de uma gestão temerária, vocês são a continuidade. Não abusem da inteligência da torcida tricolor para dizer o contrário.
Quanto ao futebol do ano de 2017 é para ser esquecido. Hoje o nosso departamento inteiro de futebol deveria ser demitido. A gestão de futebol de 2017 se resumiu ao técnico Abel Braga, que é o único a dar as caras. O único com coragem e merece todo o nosso respeito. E como é o “modus operandi” dos “refundadores do Fluminense” já é o culpado de tudo. Abel é o fritado da vez. Abel comete erros? Sim, comete. Diversos? Sim, diversos, mas não venham dizer que é o responsável pelo péssimo ano. Abel é a ponta do iceberg e é o escudo para a covardia. Por que os responsáveis pela montagem do nosso elenco não aparecem? Por que não vem a público explicar que não conseguimos fazer um time competitivo com 144 atletas inscritos na Federação? Qual o peso do Samorin no nosso orçamento? Qual a perspectiva? Onde está a transparência? Onde está a coragem dos senhores? Ficam se escondendo atrás de um treinador vitorioso, cascudo e que perdeu um filho. Não senhores, isso não é uma atitude de homens. Assumam suas responsabilidades, deem a cara para a torcida. Apareça sr. Marcelo Teixeira. Você é o responsável pelo futebol de um clube centenário com milhões de torcedores apaixonados. Não senhor, você não tem o direito de se esconder.
A falta de dinheiro não pode ser desculpa, muito menos muleta para fracassos. Se nós sabíamos que a situação era crítica e nos esgoelamos na tribuna do Conselho Deliberativo demonstrando com números, como quem estava no poder e foi o candidato da situação não sabia? Se realmente foram enganados por que compactuar com a gestão temerária do ex-presidente Peter e aprovar suas contas? Por que continuar enganando o torcedor do Fluminense com essas desculpas deslavadas? Até quando teremos “operações financeiras” para pagar salários? Por que não enfrentam o problema de frente? Por que a culpa é sempre de fora? Por que não param de mentir? Por que não assumem que nada entendem de futebol? Por que manter a arrogância? Peçam ajuda, assumam a incompetência, principalmente no que move a instituição, que é o futebol. Recorram ao diálogo. O Fluminense precisa disso.
Será que era esse o Fluminense que os eleitores do presidente Pedro Abad enxergavam ou será que foram enganados pela maquiagem eleitoral e pelas mentiras contadas pela gestão Peter Siemsem/Flusócio? Cabe a reflexão de cada eleitor responsável por apertar o número 30 na urna em 26 de novembro de 2016.
A Associação Nacional Tricolor de Coração espera que essas perguntas sejam respondidas e que possamos ter um ano de 2018 muito diferente. Estamos sempre à disposição do Fluminense.